Reserva de emergência: saiba como montar a sua trabalhando por conta

Entenda tudo sobre reserva de emergência: valor ideal, como montar, onde guardar, quando usar e mais.
 Lara Zanesco  |      19/12/2023
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O nome é bastante sugestivo: reserva de emergência, isto é, aquele dinheiro a mais que você tem para momentos inesperados e urgentes. Apesar de parecer algo óbvio, muitas pessoas podem confundir essa reserva financeira com outros tipos de investimentos, como a poupança.

Essa reserva tem um propósito diferente e, por isso, pode gerar dúvidas, especialmente sobre como montar uma. Mesmo assim, não precisa ser um tema burocrático, afinal, ela faz toda diferença para quem busca segurança financeira.

Dessa forma, é um assunto que todo mundo que trabalha por conta precisa saber! Os profissionais PJs, autônomos, liberais e até sócios de pequenos negócios precisam buscar formas de garantir sua renda e estabilidade em momentos de crise, afinal, não contam com seguro desemprego e outros benefícios que os profissionais registrados têm.

Para te ajudar a ter mais tranquilidade na sua jornada como PJ, preparei este conteúdo explicando tudo sobre a reserva financeira. Leia até o final para tirar suas dúvidas e aprender a como montar a sua.

O que é reserva de emergência?

A reserva de emergência é um montante de dinheiro que cobre as despesas mensais fixas de médio a longo prazo de uma pessoa ou família, a depender do seu objetivo.

Esse montante deve ser usado em casos em que a renda diminua ou cesse de forma inesperada ou caso surja alguma despesa alta fora do planejamento financeiro.

Nesse sentido, é diferente de uma poupança, por exemplo, por conta de sua finalidade. A reserva de emergência, como o nome sugere, deve ser montada com foco em garantir estabilidade financeira em situações emergenciais.

Para que ter uma reserva de emergência?

A reserva de emergência serve para evitar que você não consiga arcar com suas despesas físicas em casos de perda da sua fonte de renda e nem tenha que usar sua poupança em situações emergenciais de alto custo.

Por exemplo, imagine que você fique sem trabalhar e não consiga solicitar o seguro desemprego. Com a reserva de emergência, você tem mais tranquilidade para poder pensar nos seus próximos passos com calma, porque sabe que conta com uma quantia suficiente para se manter por alguns meses.

Nesse sentido, ela não só protege a sua vida financeira, mas também garante tranquilidade emocional e mental, porque garante estabilidade e elimina pelo menos uma das suas preocupações em momentos de crise.

Quanto deve ser uma reserva de emergência?

Conforme especialistas da área financeira, quando se trata dos custos pessoais, a reserva de emergência deve ser suficiente para cobrir pelo menos 6 meses dos seus gastos. Assim, para calcular o valor da sua reserva de emergência, é preciso conhecer sua situação financeira atual e entender quanto você precisa para se manter mensalmente.

Por exemplo, se suas despesas mensais somam R$ 4 mil, sua reserva precisa ser de R$ 24 mil no mínimo.

Para quem é PJ, a conta é um pouco maior, afinal, esses profissionais, apesar de costumarem ganhar mais, acabam tendo menos respaldo governamental para gerir esses momentos de crise. Assim, é indicado que a reserva seja equivalente a 9 meses ou 1 ano de gastos fixos.

Claro que, nesse momento, deve-se considerar quais despesas serão envolvidas. Por exemplo, se você mora sozinho, a soma considera apenas a sua renda e os seus gastos, mas, para uma família, deve-se somar os gastos de todas as pessoas.

Nesse sentido, na hora de calcular sua reserva financeira, você precisa levar em conta coisas como:

  • previsibilidade para restituir sua renda;
  • compromissos financeiros já assumidos, como financiamentos e créditos;
  • seguros diversos;
  • encargos com tributos, se for PJ;
  • despesas fixas essenciais.

Como montar uma reserva de emergência?

Montar uma reserva de emergência pode parecer difícil, mas não é impossível. Certamente envolverá esforço e dedicação, mas existem etapas fáceis que podem te ajudar nesse processo. Veja as dicas:

1- Revise seu fluxo mensal

Para pensar em fazer sua reserva financeira, você precisa conhecer seus gastos e ganhos na ponta do lápis. Então, revise qual foi o seu custo de vida dos últimos seis meses, pelo menos, e quanto você ganhou nesse período.

Caso você ainda não tenha uma planilha de acompanhamento dos gastos, pode ser o momento de fazer isso. Com essa documentação detalhada, fica mais fácil identificar onde e como você está gastando seu dinheiro para saber o que dá para economizar.

2- Avalie as despesas não essenciais

Agora, é importante separar o que é despesa fixa, o que é despesa variável e o que é um gasto não essencial. Também vale conferir se você está tendo o melhor custo-benefício com os custos fixos.

Talvez você possa revisar seu plano de internet e encontrar um mais em conta sem perder a qualidade, por exemplo. Outra maneira é repensar a forma de fazer as compras de mercado.

Pense o que você pode cortar dos seus gastos, mantendo a qualidade de vida que você deseja ou a mudando pouco, se possível. É a partir dessas economias que você vai conseguir guardar dinheiro para montar sua reserva de emergência no começo.

3- Trate a reserva como uma despesa fixa

Outra dica importante para te ajudar nesse processo é a forma como você encara a despesa. Para se criar uma reserva de emergência, você precisa de constância, se não, vai demorar muito para chegar no valor necessário.

Tratá-la como uma despesa fixa, assim como um aluguel, é uma das formas de se comprometer com essa constância. Isso faz com que você garanta o valor da reserva todos os meses e não guarde apenas só o que sobrar – já pensou nos meses em que não sobra nada?

4- Defina uma meta clara e realista

Para saber quanto guardar por mês, você precisa de uma meta. Ela precisa ser quantitativa, fácil de monitorar e, claro, realista. Não adianta você colocar a meta de guardar 2 mil reais por mês se seu custo de vida é de 3 mil e você ganha R$ 4.000.

Assim, trace a sua meta desta forma:

“Quero ter R$ 24 mil dentro de 12 meses e, para isso, vou guardar R$ 2 mil todos os meses”.

Marque em uma agenda, pode ser online mesmo, a data limite para alcançar sua meta e um lembrete mensal dela. Lembre-se de conferir o seu progresso ao longo do tempo. Caso você não consiga guardar o valor previsto em um mês, fica mais fácil de se planejar para repor nos próximos meses.

5- Procure fontes de renda extra

Ter várias fontes de renda é uma forma de garantir segurança financeira, mas também de acelerar suas economias, seja para uma poupança ou para montar sua reserva financeira.

Para isso, você pode pensar em fontes de renda passiva ou ativa, o que funciona melhor para você. Os investimentos, por exemplo, podem fazer sua reserva de emergência aumentar conforme você vai juntando o dinheiro. Mas lembre-se de consultar um especialista para ter segurança na hora de fazer as aplicações!

Você também pode procurar trabalhos freelancers na sua área para aumentar o montante que entra mês a mês e guardar esse extra junto com a reserva.

💡 Renda extra online: dicas e cuidados para ganhar dinheiro na internet.

Onde deixar a reserva de emergência?

O mais indicado é deixar a reserva de emergência em alguma aplicação de baixo risco, isto é, com pouca volatilidade e mais segura. Apesar de o rendimento ser mais baixo, você minimiza o risco de desvalorizar seu dinheiro e não tem problemas caso precise resgatá-lo.

Para saber a melhor escolha para você, o ideal é consultar um contador ou um especialista em investimentos financeiros.

Quem deve ter reserva?

A reserva de emergência é indicada para todo mundo por se tratar de uma economia de segurança e estabilidade financeira. Tendo um perfil conservador ou arriscado como investidor, você pode montar a sua reserva e proteger suas finanças. Para profissionais que atuam por conta, ela se mostra ainda mais importante.

Quando usar a reserva de emergência?

A reserva de emergência deve ser usada apenas em situações urgentes e não previstas no seu planejamento financeiro, como se fosse um seguro que você mesmo se protege. Ficou sem trabalho ou surgiu uma despesa médica alta? Ela é a solução.

Mas ela não deve ser a fonte financeira para pagar aquela fatura que passou um pouco do esperado ou para fazer aquelas férias que tanto sonhou. Nesses casos, você deve se planejar e fazer outros tipos de economias.

E depois que você usar a sua reserva, lembre-se de que precisa repor a quantia gasta. Aí é hora de revisar seu planejamento e pensar em formas de guardar o montante, seguindo as dicas que demos aqui.

E aí, pronto para começar sua reserva de emergência? Continue no blog da Hero para ver mais dicas e ter uma vida estável e tranquila mesmo sendo PJ!

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Lara Zanesco
Especialista em Conteúdo Digital focalizada em SEO, com experiência em materiais para blogs, sites B2C e B2B, há mais de três anos atuando no mercado a nível nacional.

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