A capital paulista é o coração econômico do país, repleta de oportunidades, inovação e consumidores em busca de soluções criativas. No entanto, o processo de como abrir empresa em São Paulo ainda gera dúvidas em muitos empreendedores, especialmente em relação às etapas burocráticas, documentos necessários e custos envolvidos.
Abrir uma empresa em São Paulo é um passo decisivo para quem deseja transformar uma ideia em um negócio de verdade. Mas, para ter uma empresa sólida e regularizada, é essencial conhecer tudo que envolve esse processo.
Com a digitalização dos serviços públicos e o apoio de soluções especializadas, como escritórios virtuais e plataformas de formalização, esse processo se tornou muito mais simples. Hoje, é possível abrir uma empresa quase totalmente online, sem filas, sem papelada e com total segurança jurídica.
Neste artigo, você vai entender como abrir empresa em São Paulo. Conheça o passo a passo, desde a escolha do tipo societário até a obtenção das licenças exigidas.
Descubra, também, quais são os custos, obrigações e cuidados necessários para garantir que seu negócio comece do jeito certo. Continue a leitura e confira!
Como abrir empresa em São Paulo?
A abertura de uma empresa envolve algumas etapas obrigatórias, como a definição do tipo jurídico, registro nos órgãos competentes, emissão de CNPJ e licenças específicas.
A boa notícia é que, com a digitalização dos processos públicos e o avanço de soluções como o Balcão Único da Prefeitura de São Paulo, grande parte das etapas pode ser feita online, de forma integrada e sem burocracia.
Antes de começar, é importante ter clareza sobre três pontos fundamentais: o tipo de atividade que será exercida, o endereço fiscal (que pode ser físico ou virtual) e o enquadramento jurídico mais adequado.
Escolha do tipo de empresa
A escolha do tipo de empresa é um dos primeiros passos. É essa definição que vai determinar as obrigações legais, o limite de faturamento e o regime tributário aplicável.
A seguir, veja as principais opções:
MEI (Microempreendedor Individual)
O MEI é o formato mais simples. Ele permite formalizar atividades de pequeno porte com faturamento anual de até R$ 81 mil e, em muitos casos, sem a necessidade de contratar um contador.
A abertura é gratuita, feita totalmente online e o empreendedor já sai com CNPJ, inscrição municipal e autorização para emitir notas fiscais.
Empresa Individual ou EIRELI
A Empresa Individual (EI) permite a abertura de um negócio em nome de uma única pessoa, sem sócios, mas com responsabilidade ilimitada sobre as dívidas da empresa.
Já a EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) era uma opção que protegia o patrimônio pessoal do empreendedor, exigindo capital mínimo de 100 salários mínimos. No entanto, esse modelo foi substituído pela Sociedade Limitada Unipessoal (SLU), mais moderna e acessível.
Sociedade Limitada (LTDA)
A LTDA é o tipo societário mais comum entre pequenas e médias empresas. Formada por dois ou mais sócios, ela permite divisão de cotas, responsabilidades e lucros.
É um modelo mais flexível, ideal para startups e negócios em crescimento, que precisam de estrutura e credibilidade para expandir.
Leia também: O que é MEI: Guia completo sobre microeemprededor individual [2025]
Diferenças, vantagens e limites de faturamento
As diferenças entre os tipos de empresa estão diretamente relacionadas ao porte do negócio, à forma de tributação e ao nível de responsabilidade do empreendedor sobre o patrimônio da empresa.
Formato MEI
O MEI é o formato ideal para quem está começando e fatura até R$ 81 mil por ano. Ele permite trabalhar de forma autônoma, emitir notas fiscais e ter acesso a benefícios previdenciários com custos reduzidos.
No entanto, o MEI tem limitações: só pode ter um funcionário e exercer atividades específicas determinadas pelo governo.
Saiba mais: Quem pode ser MEI? Confira a lista completa de atividades permitidas!
Formato SLU
Já a SLU é uma opção mais robusta para quem deseja atuar sozinho, mas com maior flexibilidade e sem colocar o patrimônio pessoal em risco. Nessa modalidade, o empreendedor tem responsabilidade limitada, ou seja, o que está em jogo é apenas o capital investido no negócio.
Além disso, a SLU não exige capital mínimo e pode faturar até R$ 4,8 milhões por ano, se enquadrada no Simples Nacional.
Sociedade Limitada (LTDA)
Por fim, a Sociedade Limitada (LTDA) é o modelo mais adotado por startups e pequenas e médias empresas em expansão. Ela permite a formação de um ou mais sócios, divisão de cotas e maior estrutura de governança.
Assim como a SLU, a LTDA tem responsabilidade limitada e pode adotar diferentes regimes tributários, de acordo com o faturamento e o planejamento fiscal.
Documentos necessários
A lista de documentos para abrir uma empresa varia conforme o tipo de pessoa (física ou jurídica) e o ramo de atividade.
Pessoa Física
- RG e CPF dos sócios
- Comprovante de endereço
- Título de eleitor
- Certidão de casamento (se aplicável)
Pessoa Jurídica
- Contrato social ou ato constitutivo
- CNPJ (após o registro na Receita Federal)
- Inscrição municipal (para serviços)
- Inscrição estadual (para comércio ou indústria)
Passo a passo para abrir empresa em São Paulo
Começar o processo fica muito mais simples quando há um roteiro claro. Abaixo, confira o passo a passo:
1. Consulta de viabilidade no site da Prefeitura
A consulta de viabilidade verifica se a atividade desejada é permitida no endereço escolhido e aponta restrições urbanísticas ou sanitárias.
Em São Paulo, pode ser feita via Balcão Único, e é o passo que condiciona a emissão do alvará de funcionamento. Tenha em mãos o CNAE pretendido e o número do endereço completo.
2. Registro na Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP)
Envie o contrato social ou ato constitutivo para registro na JUCESP. Hoje, grande parte do processo permite envio digital.
Ao protocolar, o documento será analisado, podendo ser exigidas correções. Após o deferimento, a empresa passa a existir formalmente.
3. Obtenção do CNPJ junto à Receita Federal
Com o registro da JUCESP aprovado, solicite a inscrição no CNPJ junto à Receita Federal.
O pedido costuma ser feito eletronicamente com base nos dados do registro. Esse é o número fiscal oficial da empresa e será exigido em todas as etapas seguintes.
4. Inscrição municipal e estadual (quando necessário)
Para prestadores de serviços, solicite a inscrição municipal na Prefeitura de São Paulo. No caso de empresas de comércio ou indústria, obtenha também a inscrição estadual na Secretaria da Fazenda do Estado.
5. Emissão de alvarás e licenças
Com base na atividade e na viabilidade, solicite o alvará de funcionamento via Balcão Único ou setor responsável da Prefeitura. Identifique licenças complementares:
- Sanitária (Vigilância Sanitária) para alimentos, estética ou saúde.
- Ambiental para atividades com impacto.
- AVCB ou vistoria do corpo de bombeiros, quando necessário.
- Licença de funcionamento no caso de atividades com equipamentos específicos.
Prepare documentos técnicos (planta, ART/CREA do responsável técnico, laudo de vistoria) sempre que exigido.
6. Abertura de conta bancária empresarial
Com CNPJ e documentos sociais registrados, abra conta jurídica para separar finanças pessoais e empresariais. Isso é essencial para controle, menor risco fiscal e credibilidade com fornecedores e investidores.
Custos para abrir empresa em São Paulo
Os custos variam conforme o tipo de empresa e o porte do negócio, mas os principais incluem:
- Taxas da JUCESP: cerca de R$ 120 a R$ 200, dependendo do tipo de registro.
- Emissão de alvarás e licenças: valor variável conforme a atividade.
- Honorários contábeis ou de formalização: podem ser substituídos por soluções digitais mais econômicas, como os serviços da Company Hero, que cuidam da abertura e gestão do CNPJ de forma simples e segura.
Obrigações legais após a abertura
Após o CNPJ ativo, os empreendedores devem cumprir algumas obrigações legais para manter a empresa regularizada. São eles:
- Pagamento de tributos: conforme o regime tributário (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Real).
- Emissão de notas fiscais: obrigatória para todos os serviços ou produtos vendidos.
- Entrega de declarações fiscais e acessórias: como o DAS (MEI e Simples), DCTF e DEFIS.
- Manutenção de um endereço fiscal ativo: essencial para receber comunicações oficiais e evitar autuações.
Dicas importantes
Antes de colocar a operação em prática, vale seguir algumas recomendações que garantem mais segurança, economia e tranquilidade na gestão. São elas:
- Conte com o apoio de um contador: mesmo em processos digitais, o suporte contábil é essencial para garantir enquadramento correto e evitar erros fiscais.
- Planeje o negócio antes de abrir: defina seu modelo de receita, público-alvo e projeções financeiras.
- Regularize endereço e licenças antes de iniciar as atividades: isso evita multas e interdições.
- Use um Escritório Virtual: é uma alternativa moderna e econômica para empresas que não precisam de espaço físico.
Como vimos, entender como abrir empresa em São Paulo pode até parecer complexo, mas não precisa ser. Com informação, planejamento e parceiros certos, o processo se torna rápido, seguro e econômico.
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