O Microempreendedor Individual (MEI) foi criado para simplificar a vida de quem empreende e oferecer uma forma barata de formalização. Mas, na prática, muitos MEIs acabam pagando muito mais caro do que deveriam por causa de erros simples de gestão.
Multas, juros e taxas extras surgem justamente quando o empreendedor não acompanha suas obrigações ou deixa de usar ferramentas que poderiam facilitar o dia a dia. A boa notícia é que esses problemas podem ser evitados com organização e pequenas mudanças na rotina.
A seguir, veja os 5 erros mais comuns que fazem o MEI gastar além do necessário — e como corrigi-los para manter o CNPJ sempre em dia.
1. Não parcelar o DAS em atraso
O DAS-MEI é a guia de recolhimento mensal obrigatória. Ele garante a contribuição previdenciária do microempreendedor e o recolhimento de tributos como ISS e ICMS (quando aplicável).
Muitos MEIs acabam esquecendo de pagar o DAS em alguns meses e, quando percebem, acumulam dívidas altas com juros e multas. Em vez de resolver o problema, alguns preferem adiar ainda mais, o que só piora a situação.
Como evitar:
- Sempre pague o DAS em dia (até o dia 20 de cada mês).
- Se já tem valores atrasados, faça o parcelamento imediatamente. Isso reduz o impacto no bolso e evita bloqueio de benefícios.
- Existem soluções que já incluem apoio em parcelamentos e monitoramento de boletos, evitando esquecimentos.
2. Não entregar a declaração anual no prazo
A Declaração Anual do MEI (DASN-SIMEI) deve ser entregue todos os anos até maio, informando o faturamento do ano anterior.
O que muitos MEIs não sabem é que, se a declaração não for entregue dentro do prazo, a Receita Federal cobra multa mínima de R$50. Pode parecer pouco, mas, considerando que a declaração é gratuita, trata-se de um gasto totalmente desnecessário.
Como evitar:
- Marque no calendário: a entrega da declaração acontece até o final de maio de cada ano.
- Guarde comprovantes de receitas e despesas ao longo do ano para facilitar.
- Se tiver dificuldade, use um serviço que já inclua a entrega da declaração no pacote, garantindo que você nunca perca o prazo.
3. Não acompanhar o limite de faturamento
O MEI tem um teto anual de faturamento (que pode variar conforme a lei vigente). Ultrapassar esse limite significa ter que migrar para outra categoria empresarial, o que traz custos muito maiores de tributação.
Muitos empreendedores não acompanham seu faturamento mensal e só percebem que ultrapassaram o limite quando é tarde demais. Nesses casos, a Receita pode cobrar impostos retroativos como se o negócio já não fosse MEI, gerando uma conta bem salgada.
Como evitar:
- Use uma planilha ou sistema simples para registrar cada entrada de receita.
- Faça um acompanhamento mensal para verificar se está dentro do limite.
- Se o faturamento começar a se aproximar do teto, planeje a migração com antecedência.
4. Misturar contas pessoais e do negócio
Esse é um erro clássico que parece inofensivo, mas pode custar caro. Ao misturar despesas pessoais com movimentações do negócio, o MEI perde controle das finanças e acaba não sabendo exatamente quanto fatura de verdade.
Além disso, sem uma conta separada, pode ser mais difícil comprovar renda para solicitar crédito ou financiamento.
Como evitar:
- Abra uma conta bancária exclusiva para o CNPJ.
- Registre separadamente as despesas pessoais e as da empresa.
- Considere usar um endereço virtual para dar ainda mais profissionalismo ao negócio.
5. Não usar soluções de monitoramento do MEI
Hoje existem ferramentas acessíveis (inclusive planos que custam menos de R$1 por dia) que ajudam o MEI a monitorar seu CNPJ, controlar boletos do DAS, organizar declarações e até parcelar débitos.
Quem tenta cuidar de tudo sozinho, sem organização, corre o risco de esquecer prazos, pagar multas e acumular juros. No fim, acaba gastando muito mais do que se tivesse um acompanhamento simples e barato desde o início.
Como evitar:
- Invista em um plano de monitoramento mensal.
- Centralize suas obrigações em um único lugar, com suporte especializado.
- Dessa forma, você economiza tempo, evita multas e mantém o CNPJ ativo com tranquilidade.
Cuidados nunca são demais
Ser MEI é uma forma acessível e prática de formalizar seu negócio, mas pequenos erros de gestão podem custar caro. Não parcelar DAS, perder prazos de declaração, não acompanhar faturamento e não usar soluções de monitoramento são falhas que fazem muitos empreendedores gastarem mais do que o necessário.Com um pouco de organização — e apoio de serviços que custam menos de R$1 por dia — você mantém seu CNPJ ativo, evita multas e garante tranquilidade para focar no que realmente importa: o crescimento do seu negócio.